sexta-feira, 16 de setembro de 2011

6ª Feira da XXIV semana do TC

 Lc 8, 1-3




Ele foi mesmo extraordinário! 
Eu sei que sim mas às vezes é bom a gente tropeçar em passagens como a do evangelho de hoje que nos recordam até que ponto o nosso Deus é grande!
Seguiam-no mulheres que tinham sido curadas... Agradecidas pelo dom da cura, com certeza. Este "seguir" agradecido tocou-me. também eu já fui curado muitas vezes. Como é que O sigo? Com alegria? Com dedicação? Com perseverança? Com amor? Sabem? Nem sempre. Cada vez tenho mais consciência que este mundo das meias adesões, meias decisões e meias vidas, nos impregna e nos tolda de uma forma que nem sempre conseguimos discernir. Somos meias pessoas a pensar que o somos inteiros e isso reflecte-se em tudo mesmo na nossa relação com Jesus. Se com Ele e n'Ele é que somos alegres, amamos e somos Amados, a consequência directa disto mesmo é ficarmos agradecidos por estarmos curados e caminharmos a seu lado, perseverantes. Tudo porque O amamos e somos Amados! E não caminhamos a Seu lado de qualquer forma, caminhamos inteiros porque Ele é assim que nos deseja, com tudo o que somos: o bom e o que, fruto da nossa perseverança, vai sendo curado.
Quero segui-Lo de uma forma, gradualmente mais, inteira consciente que o caminho é longo e que ainda tenho muitos pedaços por aí espalhados que tenho que apanhar... E quando pensar que já está tudo apanhado e que já estou inteiro, rezo para ter o discernimento suficiente para perceber que sou eu que estou a ver mal e que ainda há muito trabalho e luta pela frente!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Exaltação da Santa Cruz

Jo 3, 13-17


“Deus amou tanto o mundo que lhe enviou o seu filho Unigénito…” e sabia o que os homens iam fazer a Jesus. Também sabia que havíamos de continuar a crucifica-lo com as nossas asneiras no quotidiano das nossas vidas mas mesmo assim enviou-O “…para que o mundo seja salvo por Ele.” Salvos pela Cruz! É isso que nós somos. Mas também somos chamas a ser co-responsáveis pela salvação dos outros como nos diz S. Paulo “Agora, alegro-me nos sofrimentos que suporto por vós e completo na minha carne o que falta às tribulações de Cristo, pelo seu Corpo, que é a Igreja.”(Col 1, 24). Assim os nossos sofrimentos e dores não são em vão têm um sentido salvífico. Na medida em que somos de Cristo também as nossas dores lhe pertencem e se as oferecermos livremente tornam-se oração e relação profunda com Deus.
A nossa vida é uma correria e neste momento, até para algumas das nossas dores ficamos dormentes e quase que as deixamos de sentir ou então passam a fazer parte do “barulho de fundo”. Tudo o que somos que seja para Deus e para os irmãos até a nossa cruz, se calhar, principalmente a nossa cruz,  de forma que o exemplo de amor da Cruz de Cristo se reflicta nas nossas vidas e perdure reflectido em cada cristão que o assume e se assume inteiro.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

XXIV Dom. do tempo comum

Mt 18, 21-35
Quanto perdoo? Não é o mesmo que perguntar: quanto amo? Não amo eu pouco, por perdoar pouco?
Não faço eu isto mesmo quando sou intransigente com as falhas dos outros e escolho ignorar as minhas? E quando levo isso à arrogância e à presunção não peco ainda mais? Que compaixão vivo eu quando faço/ajo desta forma?
Não faço isto mesmo a mim próprio quando caio em mim ou (por isso dou graças a Deus) quando me “empurram” e não sou, pelo menos às primeiras, capaz de me perdoar? Isso demostra inequivocamente, para além de tudo o resto, o quanto tenho ainda de caminhar, de lutar e de trabalhar…
Sou fraco, arrogante, egoísta preguiçoso e míope para ver o que me és posto à frente dos olhos. E o meu maior egoísmo é centrar tudo em mim, até a minha oração. Não estou só e ajo como tal, é Ele que vem ao meu encontro e eu faço como se fosse eu… fico cego e surdo às graças e à beleza que se manifestam na minha vida.
Tou cansado de mim assim e destas minhas merdas. Tá na hora de me abandonar… Há tanto tempo que digo que não consigo sozinho e continuo a teimar no mesmo como só um estúpido faria. Se calhar é isso mesmo que sou, mas Tu não… Enche-me e preenche-me para que seja cada vez mais amor e verdade. Mas não um amor e verdade quaisquer! O Teu Amor e a Tua Verdade, ambos em mim para os que me confiaste…
E confiaste-me muitos e bons. E eles precisam que eu saia deste marasmo e desta autocomiseração que me afunda e não me revela nem Te revela em mim. Não quero ser o servo devedor que é ingrato e injusto, não sente compaixão nem amor pela fragilidade do outro. Pedes-me muito mais, sempre pediste, e eu fui dando alguns ouvidos, e desculpa, mas outros não! Os meus sins têm sido mais nins e não tenho justificação outra que não as que já dei… a essas só posso acrescentar que não me tenho confrontado com os sentimentos e as razões de Jesus.
Que me dizes hoje?
Que confie em Ti.
Que Te ame.
Que Te acolha.
Que me queres abraçar.
Que me queres aliviar.
Que me queres feliz.
Que precisas de mim.
Que me perdoas.
Que me perdoas.
Que me perdoas…
Que me AMAS.
Que me AMAS.
Que me AMAS…
Que já não há razão, por tudo isto, para eu ser só eu, para continuar no egoísmo, preguiça e falta de coragem de me dirigir a Ti e dizer:
- Pai! Pequei, magoei-Te, afastei-te do meu coração. Sou frágil, fraco, pecador mas quero ser Teu. Recebe-me na Tua misericórdia…