segunda-feira, 12 de setembro de 2011

XXIV Dom. do tempo comum

Mt 18, 21-35
Quanto perdoo? Não é o mesmo que perguntar: quanto amo? Não amo eu pouco, por perdoar pouco?
Não faço eu isto mesmo quando sou intransigente com as falhas dos outros e escolho ignorar as minhas? E quando levo isso à arrogância e à presunção não peco ainda mais? Que compaixão vivo eu quando faço/ajo desta forma?
Não faço isto mesmo a mim próprio quando caio em mim ou (por isso dou graças a Deus) quando me “empurram” e não sou, pelo menos às primeiras, capaz de me perdoar? Isso demostra inequivocamente, para além de tudo o resto, o quanto tenho ainda de caminhar, de lutar e de trabalhar…
Sou fraco, arrogante, egoísta preguiçoso e míope para ver o que me és posto à frente dos olhos. E o meu maior egoísmo é centrar tudo em mim, até a minha oração. Não estou só e ajo como tal, é Ele que vem ao meu encontro e eu faço como se fosse eu… fico cego e surdo às graças e à beleza que se manifestam na minha vida.
Tou cansado de mim assim e destas minhas merdas. Tá na hora de me abandonar… Há tanto tempo que digo que não consigo sozinho e continuo a teimar no mesmo como só um estúpido faria. Se calhar é isso mesmo que sou, mas Tu não… Enche-me e preenche-me para que seja cada vez mais amor e verdade. Mas não um amor e verdade quaisquer! O Teu Amor e a Tua Verdade, ambos em mim para os que me confiaste…
E confiaste-me muitos e bons. E eles precisam que eu saia deste marasmo e desta autocomiseração que me afunda e não me revela nem Te revela em mim. Não quero ser o servo devedor que é ingrato e injusto, não sente compaixão nem amor pela fragilidade do outro. Pedes-me muito mais, sempre pediste, e eu fui dando alguns ouvidos, e desculpa, mas outros não! Os meus sins têm sido mais nins e não tenho justificação outra que não as que já dei… a essas só posso acrescentar que não me tenho confrontado com os sentimentos e as razões de Jesus.
Que me dizes hoje?
Que confie em Ti.
Que Te ame.
Que Te acolha.
Que me queres abraçar.
Que me queres aliviar.
Que me queres feliz.
Que precisas de mim.
Que me perdoas.
Que me perdoas.
Que me perdoas…
Que me AMAS.
Que me AMAS.
Que me AMAS…
Que já não há razão, por tudo isto, para eu ser só eu, para continuar no egoísmo, preguiça e falta de coragem de me dirigir a Ti e dizer:
- Pai! Pequei, magoei-Te, afastei-te do meu coração. Sou frágil, fraco, pecador mas quero ser Teu. Recebe-me na Tua misericórdia…

1 comentário:

  1. "Obrigado, Senhor, pela tua companhia.
    Somos teus, e Tu querias que aaim fosse sempre;
    somos teus, e Tu não querias que nem um de nós se perdesse,
    somos teus, e queremos continuar
    a sê-lo toda a nossa vida."

    É neste caminho maravilhoso que damos mais um passo a cada dia. Sê-Lo em toda a nossa vida implica que carreguemos a cruz repleta das nossas fraquezas, das nossas desistências, das nossas derrotas, dos nossos egoísmos, das vezes que não perdoamos ou que amamos não tanto quanto deveríamos... Inplica, como dizias, crucificá-Lo mais e mais... Além disto, a cruz carrega as alegrias, as paixões, a preserverança, a disponibilidade, a aceitação do eu e isso pode, se assim desejarmos, tornar mais agradável carregar a nossa prórpia escuridão.

    Agora, tenho duas mãos mais livres e, foste tu, quem me mostrou o que isso pode significar enquanto estamos a caminho...

    Estou certa de que caminhamos juntos.

    Obrigado por estares aqui e por caminhares comigo para Ele...

    Gosto de ti*

    ResponderEliminar